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Cláudia de Campos nasce em Sines em 1859 e é autora consagrada nos finais do séc. XIX. Intelectuais, críticos e apreciadores evocam algumas das suas obras notando a singularidade da sua escrita. Somente no século XXI começa a ser possível iluminar alguns aspectos relacionados com a vida e os textos da ensaísta. O tema do divórcio, tratado por Cláudia de Campos em romances e contos, espelha traços da sua vivência justificando inquietações comuns a um grande número de mulheres, a quem só era permitida a separação judicial. A contramão ou a favor da corrente, lembremos que o divórcio é permitido somente a partir de 1910, o posicionamento da escritora  determina em grande medida a fortuna crítica do seu trabalho. O estudo em torno de Campos poderá alargar o conhecimento da esfera de intervenção política e social de uma classe feminina mais elevada. Dar a conhecer ao público em geral a autora que homenageamos pelas leituras que dela fazem especialistas de várias disciplinas é nosso propósito. Assinalando a passagem do centenário da sua morte será reeditado o romance Ele pela Câmara Municipal de Sines, que se associa à organização do Colóquio Internacional em epígrafe.